A
Rua da Cruz de Pedra, no centro histórico de Braga, possui novas mas
estranhas atracções turísticas para aqueles que visitam o segundo
melhor destino da Europa: um emaranhado de fios que se vão
desprendendo das fachadas das habitações gera uma situação de
abandono e degradação visual que se agrava.
As
estranhas atracções fazem jus ao esforço que a Câmara Municipal
tem feito para procurar, por todos os meios, e muito bem, atrair um
cada vez maior número de visitantes nacionais e estrangeiros
Para
quem nasceu e reside no centro histórico, na rua da Cruz de Pedra,
as suas casas são motivo de admiração para os turistas que as
observam como se fossem novos monumentos.
Certamente
a atracção não reside nos moradores mesmo que tenham sido alvo de
estudos em seis universidades do mundo (Marketing e promoção de
estratégias) mas sim pela “beleza” que as fachadas dos prédios
apresentam: são ornamentadas com um infindável emaranhado de fios
eléctricos e de telefones que faz lembrar o início do século
passado
A
Rua Cruz de Pedra tem sido notícia pela falta de infraestruturas
básicas, a começar pelo gás e a acabar na electricidade, sem
esquecer o saneamento.
Analisando
fria e cruamente, não é bom olhar esta Braga que todos amamos. É
tempo da Câmara Municipal de Braga mandar fazer uma intervenção
estrutural subterrânea para canalizar todas estas passagens de fios
de diversas operadoras, as quais terão o ónus da obra, como cabos
eléctricos e de telecomunicações.
Acaso
isso aconteça, os donos dos prédios devolutos e outros investidores
agradecem e a zona histórica torna-se-á mais apetecível à
requalificação. A Cruz de Pedra deve ser apetecida pela qualidade
de vida que o Município tem o dever de proporcionar aos seus
moradores e não pelo ridículo espectáculo das fachadas das suas
habitações.
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