quarta-feira, 25 de outubro de 2017

IMPASSE EM MAXIMINOS, SÉ E CIVIDADE NA IMPRENSA

Impasse na União de Freguesias 


de Maximinos, Sé e Cividade

BRAGA
A União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade encontra-se em gestão corrente depois de, anteontem à noite, a Assembleia de Freguesia ter chumbado a lista candidata ao executivo autárquico apresentada pelo presidente eleito, Luís Pedroso. Numa sessão muito agitada, os nomes apresentados pelo cabeça de lista da coligação ‘Juntos por Braga’ (PSD/CDS-PP) foram recusados com sete votos contra, cinco a favor e uma abstenção, impedindo a formação do novo órgão executivo para o novo mandato autárquico.

O impasse criado numa das maiores autarquias do concelho de Braga é o resultado da falta de entendimento entre as candidaturas ‘Juntos por Braga’, ‘Servir Maximinos, Sé e Cividade’ e do Partido Socialista, após a vitória, por maioria relativa da primeira.
‘Juntos por Braga’ ganhou as últimas eleições autárquicas com 2 309 votos (32,42 %), cinco mandatos na Assembleia de Freguesia e a presidência da Junta.

A lista independente ‘Servir Maximinos, Sé e Cividade’, liderada pelo ex-presidente da Junta de Freguesia de Maximinos, João Magalhães, obteve 1 934 votos ( 27,16%) e quatro mandatos.
A candidatura do PS foi a terceira mais votada com 1 472 votos (20,67%) e três mandatos, tendo a CDU eleito um elemento para a Assembleia de Freguesia, resultado dos 610 (8,17%) votos obtidos nas eleições autárquicas de 1 de Outubro.

Na sessão de instalação da Assembleia de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade, os eleitos da lista independente e do PS recusaram votar a proposta de executivo através de boletim de voto com apenas a opção ‘sim’.
Luís Pedroso, a quem competiu dirigir o processo eleitoral enquanto cabeça-da-lista mais votada, aceitou aceitar boletins de voto com opção contra a abstenção, acabando por ver a sua lista recusada pela maioria dos elementos da Assembleia de Freguesia.

O presidente reeleito promete para a próxima semana uma reacção ao impasse criado com a não formação do executivo autárquico, mas tomou já a decisão de pedir um esclarecimento à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte sobre a regularidade do método de eleição do executivo da União de Freguesias, já que considera que, havendo apenas uma lista a votação, o boletim com apenas uma opção de voto é legal.

Entendimento diferente têm os candidatos da lista independente e do PS.
Ontem, em comunicado, João Seco de Magalhães culpou a coligação PSD/CDS-PP pelo “impasse”, acusando-a de ser “incapaz de organizar a simples tomada de posse dos eleitos que os habitantes de Maximinos, Sé e Cividade escolheram”.

“Os eleitos independentes desejam o normal funcionamento das instituições democráticas mas não pactuam com ilegalidades ou incompetência formais da coligação PSD/CDS e do seu cabeça-de-lista, ao qual devem ser atribuídas todas as responsabilidades pelo impasse a que se chegou numa das maiores uniões de freguesias de Braga”, adianta o líder da lista independente.

Também o PS considerou “ilegal” o boletim de voto sem opção de contra ou abstenção, criticando igualmente a apresentação de uma lista ao executivo autárquico apenas com elementos da coligação PSD/CDS-PP, não reflectindo assim os resultados eleitorais de 1 de Outubro.
“A sessão terminou sem qualquer tentativa da coligação vencedora de um acordo entre as várias forças políticas, pelo que a União de Freguesias de Maximinos, Sé e Cividade está desprovida de órgãos democraticamente eleitos, nem Junta nem Assembleia de Freguesia”, considera o PS, em comunicado ontem divulgado.

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